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sábado, 16 de novembro de 2013

Uma carta sobre nós

Revirei nossas fotos e encontrei o que hoje não temos. Segurei aquele pedaço de papel como se aquilo me fizesse voltar, mas não voltei. Continuei ali, sem você. Busquei sorrir, afinal eu estava diante da felicidade de poder encontrá-lo e me encontrar. Quis esquecer tudo isso mas já era tarde, não podia voltar tampouco estagnar-me. Fui ao seu encontro, lhe dei um beijo tão doce que me fez esquecer o quão amargo é não haver o nós. Te abracei e deixei contigo o que tenho de melhor : a esperança. 
Não chore, continuarei com você mesmo estando longe.




Com amor,
Sophia.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Saudade de mim e de você

Te quero 
Sem hora  e a todo instante
Deitar em seu colo
Me perder !
Reencontrar
O que ?
Nosso amor.
Vem?
Agora.
Me envolva,
Me beije
     [ lentamente]
Me tome,
E não se esqueça que
O que eu quero é você.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Querida mamãe


Quando os olhos gotejam a dor

                                                [da saudade e do amor]

Eles trazem o sorriso entristecido pela lembrança
                                                [ da infância]


Que prendem a jovem displicente.


Ela se embebeda com aquele amor- ora tirano, ora insano 


                                                [que a fez feliz por raros momentos]


Que lhe rouba a serenidade.

Ele lhe deu de presente a escuridão


                                                 [d'alma]

Que colore seus dias com a ira,

A mesma de sua mais tenra recordação.

Mas um dia resolver mudar:
                                                [para sempre]


Os dedos deslizam sobre a pele clara,


                                                 [ marcada pelo tempo]


A mulher que roubava sonhos já não roubaria mais.


                                                 [ o último suspiro estava por vir]


A jovem pergunta: Onde está o amor ?


                                                  [ ninguém a responde]


Então se perdeu, sua mãe estava com os olhos fitados


                                                  [era tarde demais]


As lembranças da jovem foram asfixiadas.


                                                  [ela e o amor não tinham sido apresentados]


Era o mais longo adeus de sua vida.



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

"O pierrot apaixonado "

Os lábios estavam vermelhos, mas não era do batom carmim.

Ele tocava a pele macia deixando marcas por onde beijava


Ela já havia adormecido, parecia que não acordaria.


A tinta do seu rosto pintava o corpo de seu amor, era a décima primeira


Sua figura levava alegria, mas ali elas só conseguiam gritar , estavam tristes.


O vermelho era o sangue - das colombinas.


Ele era apaixonado pelo que fazia,


Recebeu o nome de " Pierrot".


O rosto pálido, última cena de seus amores, estava em todos os jornais que diziam :


" Assassino".