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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

" Falando de amor e não do que você pensa"


 
O cheiro de fruta invadia o quarto e Sophia reconhecia de longe. A moça do sorriso doce e humor ácido batia a porta - memóravel reencontro. Alegremente, ela foi recebida e em um caloroso abraço, elas tornaram-se uma. No pulso esquerdo, as iniciais marcavam a pele. O olhar trazia saudade e inquietude, mas era tarde demais para voltar. Não podiam se separar, aliás, detestavam a ideia. A partir dali, assumiram : Não havia ela, não havia nós, era apenas o Eu.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ela e o desconhecido, o desconhecido e eu.

- Hoje me senti como há 5 anos.
(Silêncio)
- Percebi que joguei tudo para debaixo do tapete
(Olhar e respiração profunda)
- O que foi jogado para debaixo do tapete, especificamente ?
(pausa)
- Bem... humm
- Diga !
- Ok.
( mãos entrelaçadas)
- Uma vida emocional. A parte de um ser, do meu ser.
( abraço)

domingo, 17 de junho de 2012

Carnavalizando o tempo [perdido]


Menino descalço vagando pelas ruas,
Perdido , fétido e esquecido
Hoje, só tenho meu eu esvanecido.
Fome de justiça,
Sede de amigos
Que lutem por mim
                      E outros meninos?
Nos becos e bocas,
Cheirando o sangue do último encontro,
Pedindo socorro
Assim como eu.
Rostos estão pintados pelo pó,
A fantasia não esconde os dedos queimados,
Última pedra.
Perfume da erva.
                    Quem puxa o samba?
Os “homi fardado".

Sem harmonia,
Eu saio da avenida
E ao som do tiros, me despeço
De mais um irmão,
De mais um menino,
De outro esquecido, dito bandido.
 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vozes

Hoje, o post não é uma poesia,nem um conto ou poema, é a voz de estudantes. Estudantes que lutam por melhores condições de ensino, que apoiam a valorização dos professores e desejam, veementemente, que o cenário brasileiro mude para melhor! Nós acreditamos que podemos fazer as mudanças acontecerem, nós acreditamos que o silêncio corrompe e diante disto dizemos : QUEREMOS EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, UNI-VOS !


domingo, 20 de maio de 2012

Traga-me os beijos e o amor.

Gotas,
Gotas,
Gotas.
Um abraço.
- Assim será.
- Eu vou.
Um anel.
Gotas doces,
Doce amor.
-Minha mulher,
- Tua mulher.
Guarda-chuva
Rua
Risos
              [ pausa]
Suspiro
Gotas amargas
Eu,
Ela,
Chuva
Passado
           [saudoso]
Tristeza.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vermelho são seus beijos,

Palavras soltas eram murmuradas enquanto os pensamentos, presos,  ecoavam dentro da confusa mente. Ele parecia extasiado com a presença da jovem, e num  milésimo de segundo o silêncio foi quebrado com a bebida que penetrava seu corpo. Já era tarde para voltar atrás, então a convidou para sentar e nesse instante foi embriagado pelo doce perfume daquela mulher. Olhando para seu vil metal foi tomado pelas lembranças das promessas e declarações, mas ignorou toda forma de amor. A jovem sorriu intencionalmente. Ele sentiu aquelas mãos deslizarem e rapidamente se levantou, tentava fugir. Compassadamente, ela se aproximou e seus corpos se tocaram. O batom vermelho marcava a pele enquanto a respiração ofegante revelava o desejo. O celular de João tocava, mas ele estava entregue à Raquel. O membro enrijecido era molhado pelos beijos sedentos. Ela foi conduzida até a cama e invadida. Os gemidos os envolviam e logo fizeram da pele morena,branca. A moça,apressadamente, limpava o gozo afinal havia algumas horas pela frente. Vestiram-se e marcaram o próximo encontro. Ao chegar em casa, João encontrou Elisa dormindo. Deu-lhe um beijo, selando o fim daquela primeira noite.